quarta-feira, 9 de março de 2011

you

não sei explicar, não, não sei...

...estes sete anos que nos afastam, se calhar, tornam-nos mais próximo do que alguma vez imaginámos...

ou pelo menos eu

mas sempre que oiço os outros falar de ti, mais sorrisos tenho..

e também tenho mais certezas...sobretudo, aquelas que me dizem que tu és o meu assunto predilecto...

miss you...

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

...

...não me apetece sair de onde estou e queria ir onde quero ir...

...muito menos ver-te ir e eu ficar...

...ficar aqui com medo de ficar para sempre onde estou...

...é só para avisar que não tenho memória de nós, não quero pensar que um dia poderemos ser apenas isso...

...quero, isso sim, construir as tuas memórias, as vezes que te fiz sorrir, chorar também, gritar e berrar, que aqui são coisas diferentes, as vezes que fiz a tua barriga grande, enorme, gigantesca, pelo menos tão grande como a vida e que no dia em que eu não tenha mesmo memória, ou sequer vida, olhes para trás e te lembres deste texto...

aí saberei que vale a pena...

...e quando isso acontecer, põe um ponto final neste texto, porque até lá ele fica suspenso, como as reticências...

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Argentina para ti...

Por una cabeza,
todas las locuras.
Su boca que besa,
borra la tristeza,
calma la amargura.
Por una cabeza,
si ella me olvida
qué importa perderme
mil veces la vida,
para qué vivir.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

...

a ver se ainda costumas passar aqui...

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Está certo

Estou cheio de saudades;

as certezas têm destas coisas;

a certeza de que não vai custar, de que passa rápido, de que, daqui a nada, estamos olhos nos olhos, tocamos nas nossas peles e damos beijos de língua;

a certeza de que tudo isso está certo. E também a certeza de que a dúvida, será, sempre, uma destas certezas;

o que é certo é que sinto falta; que me leva a uma certeza maior: de que te gosto...

essa é a única certeza que tenho.

zi

terça-feira, 20 de julho de 2010

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Iker



Fábregas já decidiu. Num instinto e pelo canto do olho. Porque os grandes pressentem. Sabem. A ordem atravessa-lhe o corpo até ao pé direito. A bola segue para Iniesta. Um grupo inteiro corre para a linha de canto, onde o médio dedica o golo a Jarque. Do outro lado, há, porém, um homem só. Como se fosse uma ilha. Como se o mundo à volta tivesse desaparecido. Ou apenas ficado mudo. Está prostrado. De joelhos. Não se lhe vê a cara. Tapadas pelas mãos, sim, de um deus. Ele próprio. A boca nem se consegue fechar. Soluça. Chora. Chora Casillas e chora a Espanha inteira. O capitão sabe que ali, naquele momento, vive o que milhões, biliões, dos que já foram, dos que são, dos que estão por vir sonham alcançar. É campeão do mundo. Sabe-o, mesmo que faltem minutos para o planeta ter certeza absoluta. Sabe-o porque é o melhor. Porque Robben já lhe apareceu pela frente duas vezes. Porque é um super-homem de verde. Porque é santo, como dizem, do lado de lá da península. Chora. E chora. E continua a chorar. Desce à terra. Limpa as lágrimas. Levanta a Taça. É o melhor do torneio. Na zona mista, a namorada. Jornalista. Perguntas que seriam fáceis tornam-se difíceis. Não por serem matreiras. Mas por mexerem com o guarda-redes. As palavras ficam secas. Como conter-se? Como ter quem ama, ali à frente, no dia mais brilhante de uma vida e não poder festejar? «Joder, soy Casillas, e toma lá um beijo, que eu mereço, tu mereces, a Espanha merece e o mundo também». A história de Iker e Sara prolonga-se. É exagerada nos media. Chega a cansar. Mas olho para trás. O título foi espanhol e o país celebrou. Os momentos de Casillas, primeiro a chorar, depois com Sara são apenas dele. E dela. Sim, todo o mundo viu, mas é o arrepio na espinha de um e outro que nunca vamos conseguir sentir. É por isso que Casillas é mais campeão que os outros. Porque mostrou-nos que há mesmo coisas únicas, irrepetíveis. Não falo do título, esse já foi ganho por vários. Mas sim daquele arrepio, daquele ar que não se respira por instantes. De um beijo eterno.

Escreve um homem apaixonado. E por isso, Casillas é o campeão do mundo que mais invejo. Desde sempre.