Ele estava encostado ao graffiti; ela de frente para ele. Ele com o queixo levantado, ar de duro (mas só ar mesmo); ela com olhar inocente, como se lhe perdoasse todas as aventuras e desventuras e também as cicatrizes.
Costumava encontrá-los nas escadas do prédio, onde se refugiavam para não apanhar frio. Ela sempre enrolada no corpo dele; ele sempre a segurá-la. Quantos sonhos já construíram juntos? Quantas juras já fizeram? E eu que os abandono? O presente deles já é passado; os sonhos não chegaram ao fim.
Caio de um muro.
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