sábado, 31 de janeiro de 2009

Não é todos os dias que se assiste ao nascimento de um mito. Neste, eu estava lá.

Janeiro de 2005, Luz. A oito minutos dos 90 este Palanca Negra «Gigante» entrou em campo. O resultado era de 3-0 para o Benfica. Mas o regresso de Pedro Mantorras à competição foi mais saudado que os golos de Simão e Nuno Gomes (2). Mantorras fez o 4-0 final. A dor daquele joelho transformou-se numa alegria contagiante, de ir às lágrimas. Já vi golos de «levantar bancadas», mesmo que isso seja impossível. Mas jamais tinha visto um só homem ter tanta esperança em si mesmo e fazer milhares acreditarem que tudo é possível.

Mantorras não pode jogar à bola, o joelho não deixa. Mas Pedro tem fé e nos instantes que lhe dão para fazer o que mais gosta aproveita como ninguém. É um fenómeno, um amor incompreensível entre o povo e o angolano e o angolano e o golo. Até mesmo a mulher mais desatenta do pontapé na bola o reconhece. Mais do que tudo, Mantorras é uma lição de vida.



p.s.-obrigado pelo golo ao Rio Ave ;)

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A noite passada

Encontrei isto porque ela postou. Mas como tem um significado MUITO especial para mim resolvi copiar e colar :)



p.s.- também sei que vos diz muito, eh eh eh

Rain

I wonder how english people fall in love if they have rain all year. Gosh, I hate this weather.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Love actually...

Yesterday, I said to someone: «Love can be celebrated on any given day.» So I got these from the internet:

X,

«I wish there was some romantic, beautiful, and secret way to tell you that I love you, but there is only this: I love you with all my feet.»

— K

A,

«Can we replay last night, every night? I want to keep you on repeat.»

— C

T,

«You sat next to me in second grade. And fifth. And sixth. And in three classes in seventh. And we had English together in ninth. And tenth.

And you sit next to me in two classes now.

So how much different could dating be?»

— anonymous

J,

«I’m thankful to be your friend. But my talents are better used as your boyfriend.»

— D

T,

«I was so distracted thinking about you this morning that I accidentally brushed my teeth with face wash. It was worth it.»

— K

carol,

«i’ve got this ridiculous crush on you, and i’m falling in love, and i feel totally silly - sillier than i’ve ever felt in the twenty years we’ve been married.»

— ken

and a song, of course:

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Back in those days

Naqueles tempos éramos apenas uns tipos fixes.

Calças rotas, camisas de flanela, o «Yellow Ledbetter» cantado todas as noites, mesmo que cada um de nós tivesse a sua própria versão da letra. Cabelos compridos, claro, coisa intrínseca dos 90's.

Cigarros atrás dos pavilhões, bagaços matinais e cadernos pretos, como a maioria da roupa.

Éramos uns tipos fixes, pelo menos assim o entendíamos pela quantidade de miúdas à volta. Não lhes ligavámos muito, apenas durante uma hora ou assim. Claro que gostávamos delas, mas era cada um para seu lado e nada de dizer que se estava apaixonado. Isso ficava para o papel e para as cordas das guitarras.

Depois, lá íamos até ao nosso local (nunca fomos uma banda de garagem, fomos uma banda de adega), festejar a vida, vivê-la de modo romântico, ainda que tudo fizéssemos para parecer uns gajos duros. (Tão duros que um de nós atirou-se de um palco, partiu os dois braços e no dia seguinte estava lá em cima outra vez...)

Não havia telemóveis, ninguém sabia muito bem por onde andavam os outros. Mas tínhamos sempre maneira de encontrarmo-nos.

Nessa altura fui muito dado à escrita, à composição. Nos últimos tempos (anos) perdi-as. E voltei a ganhá-las. Alguém as devolveu, recentemente.

Aquele foi tempo de aventura, muita estupidez também, e de muitas boleias arriscadas, fossem de 20 km ou mesmo 200.

Hoje, cansado de esperar por coisas que não voltam, sento-me à beira da estrada e estico o polegar. Não sei em que carro vou entrar ou onde vou parar, mas levo o Moleskine comigo...just in case

...

«Good Night Daisy...»

Bollocks!

No sun, no zoo...just football in the corridor.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

...

Não estou para ninguém...acho eu

O que dá entrar numa FNAC...



Não resisti...

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

:)

Se viste o mail e vieste para aqui. O que procuras está mais abaixo :D :D :D

One day....

I know one day I'll make someone blush with this song... :)

Just a walk

O mesmo sítio, um odor diferente. As estantes fora do lugar. Cigarro atrás de cigarro, por mim fumava-os todos na tua janela. A roupa, uma vez mais, embrulhada uma na outra, às voltas, a girar.

Sair. Indecisão. Consenso, por fim. Ao menos reparaste no Tejo? Café cheio, para ti chocolate. Bela conversa, e um convite. Ficas para jantar? «Claro que sim».

Umas calças para ti, um casaco para mim.

Levaste as mãos cheias de desenhos.

E o Tejo, viste-o?

Nem mesmo o Tejo é bonito sem ti.

SMS: apenas um passeio, um belo passeio :)

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

10 anos ou uma década e meia

Há dez anos vesti o meu primeiro fato. Era preciso estar à altura. Afinal, não é todos os dias que se celebra a beleza e não estou a falar da física.

Acordei cedo, ainda não sabia fazer nós de gravata. A miúda já estava na sala, à espera. A 3 km havia quem precisasse de álcool. Nervosismo.

Cerimónia.

Como não havia drive-in, rádio para ouvir o relato. Não sei se foi mesmo assim, mas é como eu me lembro. Dois golos de Cadete ao Rio Ave. Estreia de Pepa. Golo de Pepa. Vitória encarnada.

Dez anos depois, ainda cá andamos todos. Bem, o Pepa talvez não. Mas o importante está cá, mais o sufixo Jaime. A vocês os dois um grande abraço e um obrigado por terem criado a pessoa que mais gosto no mundo e que desde há duas semanas me acorda todas as manhãs.

E como dez anos é pouco tempo, um brinde aos vossos quase 15.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

No meu visor de telemóvel

Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

...grande Vinícius

Smile

Não há nada como chegar a casa e ver o gaiato de braços abertos a correr para nós e gritar: «Chegaaaaaaaaaaaaaaaaaaaste!!!». E depois, um abraço ao qual o sorriso não pode fugir.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Fui ver o Tejo

Hoje dei um passeio. Mesmo em Lisboa há caras que nos são familiares, fazem sentido quando vamos a determinados lugares. Enfim, fazem parte deles e sem elas nem nos sentimos confortáveis.

O sr. João Meira sabe o que tem de vestir todos os dias: calças pretas, camisa branca, gravata azul e avental; nos pés, uns sapatos com ar de conforto (só podia, anda em pé o dia inteiro).

O andar, o cambalear, fazem prever que já fez muitos quilómetros, de bandeja na mão. Acham difícil aturar o mundo do futebol? Tentem equilibrar, vezes repetidas, uma bandeja com: seis chávenas de café, outros tantos pires para as mesmas, torradas, pastéis, bules e ainda as outras chávenas, para os chás. Isto quando o raio garoto não resolve pedir ainda um néctar de qualquer coisa.

Pelas olheiras, o sr. João chorou uma vida inteira, parece que nunca se curou de algo. Ou então, apenas nunca dormiu bem. Não são os olhos que ficam lá ao fundo; a parte da pele que lhes seguem é que está empolada, como um lutador de boxe. Se calhar o sr João é isso: um lutador. Não sei.

A voz é profunda, como se acumulasse anos e milhares de cigarros (se calhar até nem fuma). Naquele seu jeito, atende às mesas. Trata-me do mesmo modo que serve a contratação mais sonante do Belenenses (não sei se isso é bom para mim:)). Sorri quando vê namorados, que não se importam de demonstrar o quanto gostam um do outro (ele com um ar de beto, ela de Sinead O'Connor, cabelo rapado e piercing no nariz).

Saio. Saco de pastéis na mão, um «boa tarde» (ele deve mesmo fumar). Páro ali ao lado. Capuccino da Starbucks. Gaja nova ao balcão, a despachar. Vou ver o Tejo e apontar tudo no Moleskine, que só tem isto: «Foi um belo passeio.»

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

6 de Fevereiro

A todos os meu leitores da bela Invicta (que NUNCA comentam!): chego dia 6!!!! A todos os meus leitores de Lisboa: espero deixar saudades...e até breve, talvez.

domingo, 18 de janeiro de 2009

MUTE

Eu sei que o vídeo não tem som. É como por vezes querermos dizer aquilo que não podemos.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Lisboa

Já falta pouco, muito pouco para ir embora. Tão pouco que espero que os dias sejam lentos e que o trabalho me leve a sítios que quero rever. As folgas são comigo.

Depois de uma noite no bairro, seguida de outra num ambiente completamente diferente, eis a lista de coisas que me restam fazer por Lisboa. Algumas são um regresso, outras as que sempre quis fazer e não fiz. Umas para fazer a sós, outras nem por isso.

- Andar num double-deck bus e ver o que Lx tem para oferecer
- Ir aos miradouros
- Andar no 28
- Subir o elevador de Santa Justa
- Ir ao Castelo (se bem que isso pode ser incluído na viagem do 28)
- Comer um pastel de Belém
- Jantar uma diavola
- Sobretudo e principalmente: contemplar o Tejo num dia de sol

...

Vem conversar
Eu pago as imperiais e os cafés
Estou a precisar de atenção
Tenho dado tantas voltas ao revés
Perto de cair
Eu tenho de abrir

Este convite fica aqui
Às voltas no ar
Este convite é para ti
Se acaso aí chegar

Podes não ter tempo ou disposição
Podes até não estar por cá

Ouvi dizer que tu também não andas na maior
Talvez nos faça bem arejar
Não vamos ser piegas nem trocar a dor
Somos os peões
Somos campeões

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

You'll Never Walk Alone

Quem me conhece sabe que adoro futebol, do jogado nas quatro linhas e dos ambientes das grandes competições. O resto dispensava, mas não posso.

Quem me conhece realmente bem sabe que adoro os cânticos, sobretudo dos britânicos. O You'll Never Walk Alone é um dos hinos do Celtic, para mim, o clube com os melhores adeptos do mundo, apesar das camisolas.

Este foi cantado com toda a alma a 11 de Março de 2004, dia dos atentados de Madrid, dia em que o Barcelona jogava em Glasgow, em Parkhead.

Eu arrepio-me sempre que ouço isto e fico a cantar horas e horas esta música, mesmo que não entoe um único som.

Ouçam e esperem até o público começar realmente a cantar!

Misread

Porque sim, porque gosto, porque é verdade e porque estava na mesa da sala:

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Give a whistle ;)



Some things in life are bad
They can really make you mad
Other things just make you swear and curse.
When you're chewing on life's gristle
Don't grumble, give a whistle
And this'll help things turn out for the best...

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

If life seems jolly rotten
There's something you've forgotten
And that's to laugh and smile and dance and sing.
When you're feeling in the dumps
Don't be silly chumps
Just purse your lips and whistle - that's the thing.

And...always look on the bright side of life...
Always look on the light side of life...

For life is quite absurd
And death's the final word
You must always face the curtain with a bow.
Forget about your sin - give the audience a grin
Enjoy it - it's your last chance anyhow.

So always look on the bright side of death
Just before you draw your terminal breath

Life's a piece of shit
When you look at it
Life's a laugh and death's a joke, it's true.
You'll see it's all a show
Keep 'em laughing as you go
Just remember that the last laugh is on you.

And always look on the bright side of life...
Always look on the right side of life...
(Come on guys, cheer up!)
Always look on the bright side of life...
Always look on the bright side of life...
(Worse things happen at sea, you know.)
Always look on the bright side of life...
(I mean - what have you got to lose?)
(You know, you come from nothing - you're going back to nothing.
What have you lost? Nothing!)
Always look on the right side of life...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

4 anos e pico

Primeiras palavras direccionadas a mim quando cheguei a uma casa anterior, nova, temporária e na qual me sinto sempre bem =)

«Quanto ficou o teu jogo ontem?»

Mais tarde:

«Por que é que vais para o Porto? Não quero que vás, quero que fiques em Lisboa.»

Ainda por cima, abandonei o jantar mais cedo e deixei-o. Já tenho saudades tuas seu cromo da bola =)

Dona Dolores

A minha pequena homenagem ao boné da dona Dolores, mãe do Bola de Ouro, Bota de Ouro e FIFA World Player of 2008.

XUTOS

Feliz aniversário para os «Beijinhos e Parabéns», agora também conhecidos como Xutos e Pontapés. O novo single já cá mora, à primeira, segunda e terceira lembrou-me o Lei Animal, do Dizer Não de Vez. À partida, é um bom indício.

De resto, aqui a fica a minha pequena homenagem:

Música preferida: Conta-me Histórias

Letra preferida: Não Sou o Único

Álbum preferido: Cerco (apesar da produção)

Versos preferidos: «Tudo em ti deixa de ser/ Tudo em ti deixa de existir/ Continuas a insistir/ Em jogar com os dados viciados»

Depois, haverá sempre isto:

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

4 anos e picos

«Já sabes que o tio daqui a uns tempos vai viver para outro sítio?»

-«Sei, em Fevereiro, para o Porto.»

«Quem te disse?»

-«A minha família toooooooooooooda»

«O tio vai ficar triste por não te ver tantas vezes»

-«Ó tio, isso é só em Fevereiro, ainda falta taaaaaaaaanto tempo!!!! Olha, vais jogar à bola hoje, não é?»

«Vou»

-«Então, amanhã, quando eu acordar e tu também acordares, podes dizer-me quanto ficou o teu jogo?»

You will always put a smile on my face!!!!!!!

Onde quer que esteja, sinta como me sentir, acompanhado ou sozinho, esta música há-de sempre pôr-me um grande sorriso!!!!! Uns dias estamos mais longe, outros mais perto. Mas nesta música estamos os três sempre juntos.




«Durante a nossa vida:

Conhecemos pessoas que vêm e que ficam,
Outras que, vêm e passam.
Existem aquelas que,
Vêm, ficam e depois de algum tempo se vão.
Mas existem aquelas que vêm e se vão com uma enorme vontade de ficar...»

Charles Chaplin

And the weather's lookin fine and I think the sun will shine again

One of the greatest songs ever, by Ozzy Osbourne. The punchline is: «I guess that we'll meet in the end»



Yesterday has been and gone
Tomorrow will I find the sun or will it rain
Everybody's having fun except me I'm the lonely one
I live in shame

I said goodbye to romance, yeah
Goodbye to friends... I tell you
Goodbye to all the past
I guess that we'll meet, we'll meet in the end

I've been the king, I've been the clown
No broken wings can't hold me down
I'm free again
The jester with a broken crown
It won't be me this time around to love in vain

I said goodbye to romance, yeah
Goodbye to friends... I tell you
Goodbye to all the past
I guess that we'll meet, we'll meet in the end

And I feel the time is right although I know
That you just might say to me
What ya gonna do
What ya gonna do
But I have to take this chance
Goodbye to friends and true romance
And to all of you
And to all of you

Come on now...

I said goodbye to romance, yeah
Goodbye to friends... I tell you
Goodbye to all the past
I guess that we'll meet, we'll meet in the end

And the weather's lookin fine and I think the sun will shine again
And I feel I've cleared my mind all the past is left behind again

I said goodbye to romance, yeah
Goodbye to friends... I tell you
Goodbye to all the past
I guess that we'll meet, we'll meet in the end

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

E VÃO 30!!!!

O.K., OS GAJOS fazem 30 anos terça-feira, três décadas de luta intensa e armada (with guitar, como diria Joe Strummer), mesmo que os últimos tempos tenham sido.....

Sou grande fã de Xutos e Pontapés, desde o pin do meu telemóvel, às memórias de 88, em que, com OITO anos, sim, oito!!!!!, pedi de joelhos à minha mãe para não me pôr de castigo porque os Xutos vinham tocar às Festas da Vila no dia seguinte!

Aqui fica um primeiro vídeo desses 30 anos. Comecemos in media res, há década e meia, no Coliseu do Porto. Adoro recordar este concerto, de 13 de Janeiro de 1994 a celebrar o XV aniversário.

Jorge Quadros (Sitiados) na bateria, Rui Fadigas (sim, o baixista dos delfs) e João Cabeleira na guitarra e na garganta (nos 15 anos anteriores não tinha aberto a boca; nos 15 seguintes também não).



Há letras que fazem tanto sentido agora, como há 15 ou 30 anos!

P.S.-Dia 13 há que comprar o CM: traz novo single....

NEVE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Ia escrever um post sobre roupa embrulhada e às voltas na máquina de lavar, junta, torcida, com as cores a confundirem-se.

Mas não via a minha terra coberta de branco há quase duas décadas; há tanto tempo que ainda usava luvas da Kispo, daquelas em que só o polegar se distingue do resto.

Nesses anos acertava com pedaços de neve na minha irmã em vez de pinhas na cabeça de uma qualquer velhota (I wonder: Tia Cândida alguma vez m perdoou»). Aliás, já não se via neve na vila há tanto tempo que quem é cinco anos mais novo nem se lembra....

Hoje até bati com o carro, mas o embate foi tão mansinho que mais parecia um ombro amigo a dizer: ainda bem que voltaste.

Está frio. Muito. Mas basta algumas presenças para nos sentirmos quentes, no conforto dos sentimentos.

p.s. sai um Beirão que é muito bonito gostarmos uns dos outros mas está mesmo um frio do caraças!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Outras coisas da embriaguez

Ele estava encostado ao graffiti; ela de frente para ele. Ele com o queixo levantado, ar de duro (mas só ar mesmo); ela com olhar inocente, como se lhe perdoasse todas as aventuras e desventuras e também as cicatrizes.

Costumava encontrá-los nas escadas do prédio, onde se refugiavam para não apanhar frio. Ela sempre enrolada no corpo dele; ele sempre a segurá-la. Quantos sonhos já construíram juntos? Quantas juras já fizeram? E eu que os abandono? O presente deles já é passado; os sonhos não chegaram ao fim.

Caio de um muro.

SANGUE!

Alguns posts foram apagados para não ferir susceptibilidades. Outros apenas editados. Já foi derramado demasiado sangue. A partir de agora, é sempre a escrever. Beijos e bem-vindos!!!!

Capital ou Invicta?



A questão é: em Lisboa ou no Porto?

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Regresso

Quando volto à minha vila vejo quase sempre as mesmas pessoas. Os amigos, claro, a família, sobretudo, o Fernando do café, o homem das bombas de gasolina e outros que tais, que ocupam os espaços que frequento. Nunca tenho tempo para mais nada, por isso, este Natal voltei a sorrir de cada vez que alguém me reconhecia.

Tás um homem!, disse o senhor da tabacaria, antigo dono de restaurante, a quem a vida vai deixando corcunda; Tás mais gordo!, atirou um outro, mais velho, companheiro de futebóis. Como é óbvio, não foram aquelas palavras que mexeram comigo, mas sim a expressão de espanto deles pelo reencontro. Acontece o mesmo com as minhas antigas vizinhas, ou as velhotas do bairro em que cresci, que quando me vêem procuram um beijinho.

Eu sorrio, faço festas à alma, inspiro e digo: é tão bom estar em casa.