quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Regresso

Quando volto à minha vila vejo quase sempre as mesmas pessoas. Os amigos, claro, a família, sobretudo, o Fernando do café, o homem das bombas de gasolina e outros que tais, que ocupam os espaços que frequento. Nunca tenho tempo para mais nada, por isso, este Natal voltei a sorrir de cada vez que alguém me reconhecia.

Tás um homem!, disse o senhor da tabacaria, antigo dono de restaurante, a quem a vida vai deixando corcunda; Tás mais gordo!, atirou um outro, mais velho, companheiro de futebóis. Como é óbvio, não foram aquelas palavras que mexeram comigo, mas sim a expressão de espanto deles pelo reencontro. Acontece o mesmo com as minhas antigas vizinhas, ou as velhotas do bairro em que cresci, que quando me vêem procuram um beijinho.

Eu sorrio, faço festas à alma, inspiro e digo: é tão bom estar em casa.

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