sábado, 31 de janeiro de 2009

Não é todos os dias que se assiste ao nascimento de um mito. Neste, eu estava lá.

Janeiro de 2005, Luz. A oito minutos dos 90 este Palanca Negra «Gigante» entrou em campo. O resultado era de 3-0 para o Benfica. Mas o regresso de Pedro Mantorras à competição foi mais saudado que os golos de Simão e Nuno Gomes (2). Mantorras fez o 4-0 final. A dor daquele joelho transformou-se numa alegria contagiante, de ir às lágrimas. Já vi golos de «levantar bancadas», mesmo que isso seja impossível. Mas jamais tinha visto um só homem ter tanta esperança em si mesmo e fazer milhares acreditarem que tudo é possível.

Mantorras não pode jogar à bola, o joelho não deixa. Mas Pedro tem fé e nos instantes que lhe dão para fazer o que mais gosta aproveita como ninguém. É um fenómeno, um amor incompreensível entre o povo e o angolano e o angolano e o golo. Até mesmo a mulher mais desatenta do pontapé na bola o reconhece. Mais do que tudo, Mantorras é uma lição de vida.



p.s.-obrigado pelo golo ao Rio Ave ;)

1 comentário:

Jo disse...

sabes que ele sempre foi o meu preferido :)
mas quem sou eu para falar...de bola percebo pouco ou nada :P